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quarta-feira, 27 novembro, 2024

Com recursos próprios, Iprejun ganhará casa nova em 2020

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Quando 2020 chegar, o atendimento do Instituto de Previdência do Município de Jundiaí (Iprejun) aos quase 10 mil servidores municipais (7,7 mil ativos e 1,6 mil inativos) não será mais no sexto andar do Paço Municipal, mas em novo endereço.
É o que garante o presidente do Iprejun, o advogado João Carlos Figueiredo, que desde agosto de 2017 ocupa a presidência da autarquia. Com aproximadamente R$ 1,5 bilhão em caixa e expectativa de receber R$ 250 milhões, a sede será construída em terreno doado pela Prefeitura de Jundiaí na Cidade Administrativa. “A concorrência pública será aberta agora no segundo semestre, com início das obras para o ano que vem e conclusão até 2020”, prevê.
O projeto, inicialmente de uma arquitetura mais pomposa, com auditório e lâmina d’agua, foi readequado às necessidades dos servidores. Reformulado, são 600 m² de área construída com sobrado contendo espaço para atendimento ao público, armazenamento de material e documentos e um estacionamento subterrâneo. “Hoje o Iprejun está em local cedido pela Prefeitura, como forma de economizar gastos com aluguel, mas os servidores são atendidos sem conforto e nenhuma privacidade.”
Enquanto alguns institutos de previdências de municípios agonizam em déficit, o Iprejun parece esbanjar saúde financeira. Somente em caixa, aplicado no mercado financeiro são R$ 1,5 bilhão, mais os R$ 2 bi a serem pagos pela Prefeitura pelos próximos 26 anos.
Um montante de R$ 270 milhões, divididos em três lotes, compreendem as dívidas que estão sendo pagas rigorosamente em dia. “Um empréstimo realizado na década de 1990 e aprovado pelo Conselho Deliberativo, a complementação salarial que o Ministério do Trabalho entendeu que deveria ser paga aos novos celetistas e valores não pagos pela administração passada.”
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Hoje o Iprejun gasta com folha de pagamento de aposentados e pensionistas R$ 15 milhões por mês – R$ 180 milhões anualmente. No total, são 7.700 a servidores ativos e 2.300 inativos. “Não acredito no crescimento do Iprejun como antes, mas Jundiaí precisa de servidores para oferecer alguns serviços”, afirma Figueiredo.
Este ano, João Figueiredo acumulou funções ao também assumir a presidência da Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem). Com finalidade de assegurar o desenvolvimento econômico das instituições e visando o bem-estar dos segurados e beneficiários, ele ressalta a importância de compor a Abipem: “Ano que vem sairá a Reforma da Previdência e estar no meio desta discussão será fundamental”. 
Quanto a receita para manter Iprejun respirando saudavelmente, João Figueiredo alerta para o uso estratégico das sobras dos gastos. “Hoje prezamos pela aplicação no mercado financeiro. Se o INSS gerisse assim, certamente o Brasil teria o maior fundo previdenciário do mundo”, conclui.  

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