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segunda-feira, 25 novembro, 2024

Babel, a arena-aberração, deve abrir na sexta-feira

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Está marcada para a noite de sexta-feira (20) a abertura de uma arena de shows, a Babel, no final da avenida Luiz Latorre. É uma aberração e tanto – a arena está numa rotatória que é Área de Preservação Permanente (APP), onde passa o Córrego do Gramadão. O público esperado não é pequeno e prevê-se um inferno no trânsito da região.
Problema número um: a área, que deveria estar preservada, foi toda devastada. Problema número dois: o Código Florestal prevê que um córrego deva ter área intocada, sem ocupação, em distância de 30 metros em cada margem. Coisa que não foi respeitada pela arena. Outra música dos sertanejos também justifica: Faz do seu jeito.
A arena prevê ficar em Jundiaí seis meses, uma espécie de circo mambembe, e já tem show marcado também para o domingo. Segundo seus organizadores, comporta sete mil pessoas, e tem estacionamento para mil carros. Coisa impossível seria colocar mil carros naquele lugar.
Em sua página de Facebook a Babel tem outra história – afirma que vai colocar 500 carros no estacionamento e outros 700 num terreno do Jardim Xangai. Mesmo assim será problema. Organizadores de shows experientes afirmam que um evento com sete mil pessoas leva para o local 2.500 carros.
Se a arena abrigar mil, sobram 1.500. Carros medem em média 4 metros – ou seja, haverá seis quilômetros de carros nas ruas, se todos estiverem grudados. Um Gol G4, por exemplo, mede 3,931m. Mas uma camionete Amarok tem 5,254m. Uma Kombi, 4,505m.
Redes de estacionamento adotam outros padrões para determinar vagas. Para carros pequenos são reservadas vagas de 4,20m. de comprimento por 2,20m. de largura; para os médios, 4,70m. por 2,40m. e para os grandes, 5m. por 2,50m. É onde a conta das vagas da arena não fecham.
Conforto para os frequentadores não é lá essas coisas. Os banheiros são químicos. E serão suficientes? E mais – quem deixar o carro na área próxima (onde dizem caber 700 carros), terá de atravessar a pé uma avenida movimentada, onde não há faixas de pedestre, semáforos ou outro equipamento de segurança.
Há outras questões. Grandes aglomerações de público exigem segurança em todos os sentidos. Em caso de pânico ou tumulto, há saída suficiente para as sete mil pessoas? E como controlar a entrada de tanta gente? E se alguém entrar armado?
No entorno, a situação deverá ser mais crítica. Além do habitual banzé da Faculdade Anhanguera (onde não há onde colocar carros), há ainda, do outro lado, a Unip – e a isso se somam os carros dos que irão ao show. Certamente não faltarão flanelinhas. Nem ladrões oportunistas. Ou Jundiaí será obrigada a desviar policiais militares e agentes de trânsito para um único lugar, para beneficiar o evento de uma empresa?
O desejo do Novo Dia é que tudo corra bem.

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