Após o início da auditoria há quatro meses, número de faltas despencou na Administração de Vinhedo
Após quatro meses de levantamento minucioso, a Prefeitura de Vinhedo concluiu a auditoria nos atestados médicos dos servidores públicos municipais. O relatório completo já foi encaminhado ao Ministério Público e à Delegacia de Polícia Civil, que também investigam possíveis irregularidades. Em paralelo, a Prefeituraabrirá sindicância para apurar atestados suspeitos.
A própria Prefeitura, por meio da sindicância, o MP e a Polícia Civil, com base na documentação que foi levantada, vão apurar se houve a prática de algum tipo de delito, como apresentação de atestado falsificado, o que configuraria crime tanto por parte do servidor como do médico que emitiu o documento.
De acordo com o secretário de Administração, Gustavo Mattos, ao longo de 2016, os atestados apresentados à Prefeitura resultaram em 28.490 dias de afastamento. Isso equivale a uma média de 10,33 dias de atestado por servidor, considerando o total de 2.758 funcionários da Prefeitura.
A Educação liderou a lista de dias de afastamento, com 15.716, seguida pela Saúde, com 7.759, e Transporte e Defesa Social, com 2.113. No total, o mês de 2016 com maior número de dias de afastamento por conta de atestados foi março, com 3.400. Curiosamente, após o início da auditoria, o número de faltas despencou, chegando a 897 em dezembro, conforme mostra o levantamento.
Outro dado apontado pelo estudo é que os funcionários que mais faltam são aqueles contratados de 2011 para cá. Já os servidores com mais tempo de casa são os que menos faltam.
Algumas inconsistências foram observadas após o término da auditoria, como de funcionários que apresentaram dois ou mais atestados no mês e que não resultaram em mais de 15 dias de afastamento, sem que o mesmo tenha dado entrada no INSS, conforme determina a legislação. Uma pessoa chegou a apresentar atestados que somaram 34 dias de afastamento em um único mês.