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sábado, 28 setembro, 2024

Gabriel Thomaz, ou uma história de paixão pelo rock

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O brasiliense é vocalista em duas bandas de estilos distintos, está morando em Jundiaí e continua apaixonado pelo rock

Roupas justas, calça e camiseta preta, tênis quadriculado e um cabelo à la rockabilly. Logo de cara já dá para se ter uma idéia dos gostos do artista Gabriel Thomaz – vocalista das bandas Autoramas e Lafayette & Os Tremendões.
O estilo meio anos 1960 do artista brasiliense tem explicação. Thomaz é um admirador da música da Jovem Guarda – movimento cultural que mesclava música, comportamento e moda, e que revelou nomes como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa – e de tão fã o artista incorporou em seus trabalhos o ritmo do movimento.
Em sua banda principal de trabalho, Autoramas, é possível perceber a influência do rock da Jovem Guarda, garage, surf, new wave e, como afirma Thomaz, do punk. “A minha vida toda eu me encaixei no lado mais violento da cultura punk, que é o faça você mesmo”, afirma.
A aproximação do Autoramas com a cultura do faça você mesmo fica bem evidente já que, desde surgimento do grupo em 1998, se trata de uma banda independente e que nunca deixou de buscar seu espaço.

Nesses 19 anos de atividade, a Autoramas conquistou expressiva trajetória no cenário musical brasileiro. Ao todo foram sete álbuns, dois DVD’s e turnês em mais de 23 países – em julho deste ano a Autoramas parte para tocar pela 15º vez pela Europa. “Às vezes você pode parecer que ser uma banda independente é uma opção, mas as vezes pode ser também uma falta de opção. É muito boa a estrutura que uma gravadora traz, mas nunca conseguimos nos encaixar nisso. Temos 19 anos de banda e continuamos em atividade”, diz.
No começo dos anos 2000, a paixão pelo ritmo musical da jovem guarda fez com que Thomaz começasse o projeto Lafayette & Os Tremendões – paralelo a sua banda principal, Autoramas. “O rock brasileiro dos anos 1960 sempre foi uma grande influência para nós. Decidimos criar uma banda paralela ao Autoramas para tocar os sucessos da Jovem Guarda.  Para nossa surpresa fomos chamados para tocar em vários lugares“, conta.
Primeiramente eram só Os Tremendões, e só depois – em 2004 – chegou o Lafayette para completar o grupo. A falta de um organista, principal diferencial do rock brasileiro dos anos 1960 para o do resto mundo, fez com que a banda chegasse até o renomado Lafayette.
“Na verdade, quando liguei pra ele, falei que queria contratar o show dele pro meu casamento. Mas eu já estava casado na época. Foi com essa mentira inocente que o Lafayette participou do nosso ensaio e passou a integrar a banda”, explica Thomaz.
Pra quem não sabe ou não lembra: Lafayette era o responsável pela maioria dos arranjos das músicas da Jovem Guarda. Também acompanhava as gravações e apresentações de Roberto Carlos e companhia, além de lançar discos solo, numa época em que aquilo que hoje se chama teclado era órgão eletrônico.
O artista parece não ficar tão à vontade diante das câmeras como se sente nos palcos. Talvez se deva ao fato dele não ser muito ligado à televisão. “Eu me sinto esquisito, feio, ridículo. Sinto que sou totalmente fora daqueles padrões que eles colocam ali. Também trabalho tanto que não ver televisão acaba sendo uma coisa a menos para perder tempo. Mas eu gosto do Sílvio Santos e futebol. Sou botafoguense – o maior time da história do futebol brasileiro”, brinca Gabriel.
Ou nem tanto, já que parece realmente acreditar que o Botafogo inventou a glória do futebol brasileiro. “Esse ano o Botafogo estréia na Libertadores no mesmo estádio em que o Brasil ganhou a Copa de 1962, no Chile. Naquele ano a seleção tinha nove jogadores do Botafogo”, lembra orgulhoso.
Há quatro meses Gabriel Thomaz está morando em Jundiaí, tempo suficiente para descobrir as delícias da cidade. “Me falaram que aqui é a terra da uva, mas o que eu mais gostei daqui foi da manga. É muito boa, você coloca na geladeira e parece um sorvete”, brinca.

É bom saber

A primeira banda de Gabriel Thomaz foi Little Quail & The Mad Birds, formada em 1988 e que lançou dois álbuns. Apesar de admirada no meio musical brasileiro, nunca alcançou sucesso comercial.
Com o dinheiro que ganhou com os direitos autorais pelas composições Aquela e I saw you saying, que ficaram mais conhecidas pela versão dos Raimundos, Gabriel conseguiu comprar um apartamento.
Os autoramas já tocaram em todos os estados brasileiros e em 23 países

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