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segunda-feira, 30 setembro, 2024

Editorial: Armas não matam. Pessoas sim

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O número de mortes por armas de fogo, durante assaltos ou acertos de contas entre gangues rivais, não para de crescer. Mais uma vez, questiona-se se o Estatuto do Desarmamento produz algum resultado prático. A resposta é não. Alega-se então que é preciso endurecer ainda mais a legislação sobre armas de fogo. Outra falácia.
Começando pelo começo: as armas usadas em assaltos e nos acertos de contas não são armas comuns – são contrabandeadas; são armas desviadas de exércitos vizinhos, como o boliviano, o colombiano ou o paraguaio. Não há bandido estúpido, burro o suficiente para assaltar um carro forte com um revólver calibre 38.
E a bandidagem está cada dia mais ousada porque tem certeza que o cidadão comum, o trabalhador, não está armado. Tudo porque o governo iludiu todo mundo, ajudado por uma imprensa servil, e conseguiu que muita gente entregasse a arma que guardava em sua casa. Tudo porque o governo colocou em vigor uma lei, a do desarmamento, mesmo contra a vontade da maioria da população. No plebiscito sobre o desarmamento, a maioria mais que absoluta queria continuar armada.
Não satisfeito em tirar do cidadão a oportunidade de se defender – o governo não tem capacidade nem de cuidar de um galinheiro, o que dirá de uma cidade – criou leis que dificultam ao extremo que alguém consiga comprar uma arma legalmente e mantê-la em sua casa para sua defesa. Custos e burocracia tornam impossível ter uma arma.
O governo não quer que a população tenha armas por um único motivo: tem medo. População armada pode significar perigo, dificuldade de impor sua vontade, protestos mais vigorosos. Todos os governos ditatoriais, autoritários, desarmaram a população para poder controlar os cidadãos. Para poder torná-los dependentes. E aqui não é diferente.
Exemplos de como o governo quer controlar a vida de todos não faltam. O recadastramento eleitoral é um deles. Feito em nome da segurança, da biometria, o governo nada mais fez senão fichar todos os brasileiros maiores de 18 anos. Ficha completa, controle total. Já faz isso quando fornece a carteira de identidade – e esse é um caso mais grave ainda.
A identidade é fornecida pela Polícia (Secretaria de Segurança Pública), quando deveria ser emitida por um cartório de registro civil, como é o caso da certidão de nascimento. Ao emitir uma carteira de identidade, o governo está fichando todos os brasileiros como fossem criminosos. Em outros países, as pessoas só são fichadas dessa maneira quando cometem crimes.
Outro exemplo é a exigência do CPF em tudo e a invenção da nota fiscal paulista, da nota carioca, da gaúcha (cada estado tem a sua). O governo ilude os cidadãos com prêmios marca barbante para o maior número possível de pessoas fornecerem o número do CPF na hora da compra. Acontece que os sistemas são interligados, e assim que o caixa do supermercado registra a compra, a Receita Federal fica sabendo. Sabendo e controlando, para comparar com a declaração de renda e tentar arrancar alguns reais a mais de quem trabalha.
Voltando às armas. As manchetes de jornais e televisão são uma campanha contra o armamento. As estatísticas que apresentam, fornecidas por um governo incapaz e mentiroso, são falsas, são manipuladas, direcionadas conforme seus interesses. A todo custo procura-se culpar uma arma por tudo o que é ruim que acontece nas cidades.
A realidade é bem diferente. Muito mais gente morre por causa do trânsito badernado, pela falta de leis mais rígidas e da própria educação; muita gente morre por causa de doenças não cuidadas pelo governo (incapaz, mentiroso e ladrão). Qualquer criança tem acesso à gaveta onde estão as facas numa casa. Tijoladas, agulhadas, envenamento, tesouradas tamáme são causas de morte. E armas não matam – quem mata são as pessoas

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