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segunda-feira, 1 julho, 2024

Setembro tem campanha de prevenção ao suicídio

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Alertar a sociedade sobre o suicídio como um problema de saúde pública é o objetivo da campanha

Em todo o mundo, setembro é o mês de precaução do autoextermínio, tendo seu ápice no dia 10, quando ocorre o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. “A cada 40 segundos morre uma pessoa por desistir da vida. Esses números precisam ser conhecidos para que suicidas e suas famílias, busquem ajuda imediatamente. Quando o assunto é a morte planejada, ninguém é culpado, mas todos somos vítimas”, alerta psiquiatra Maria Cristina de Stefano.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que por ano mais de 800 mil pessoas cometem suicídio no mundo. É mais gente do que todos os mortos em guerras, vítimas de homicídios e desastres naturais. “Infelizmente, esses dados já devem ter crescido, pois o assunto ainda é tratado como tabu pelas famílias, quepreferem não falar sobre o tema, e pela sociedade, que ainda banaliza a questão”, lamenta a psiquiatra.
A médica perdeu o filho Felipe aos 34 anos em 2012. Desde então, Maria Cristina promove a precaução do autoextermínio por meio de palestras para especialistas da área de saúde, estudantes universitários e membros de entidades e instituições. “É claro que dói falar do assunto, por outro lado, eu relembrarei aquele dia fatídico para sempre, a cada minuto, mesmo que não comente. Então, diante do fato, é muito melhor poder ajudar outras pessoas a se salvarem, contando minha história e promovendo a prevenção”, afirma.
As estatísticas também reforçam que 9 em cada 10 casos podem ser previstos caso as pessoas que convivem com o suicida detectem os sinais. “Não percebi a gravidade do estado de Felipe, até porque ele era muito independente e fechado em si mesmo. Só depois de ler os diários deixados por ele é que tive certeza do quanto estava doente mentalmente”, lamenta.
Impedir a continuidade dessa epidemia é o principal objetivo das ações de Maria Cristina. “A cada um suicida, em média, seis pessoas são atingidas por um quadro depressivo. Existem vários mitos, como achar que mencionar a palavra suicídio fará com que o número de mortes aumente. Pelo contrário, falar sobre o assunto pode aliviar a angústia e a tensão que os pensamentos trazem”, ensina.
Os maiores registros de suicídio estão entre pessoas de 70 anos ou mais, porém, os jovens, de 15 a 29 anos, já correspondem a 8,5% dos índices mundiais. “Às vezes tudo o que essas pessoas precisam é de atenção. Nós, como seres humanos, muitas vezes ignoramos quando as pessoas lamentam da vida. Um parente ou um amigo pode não estar bem e não ser pieguice, mas sim doença”, alerta a psiquiatra.

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