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quarta-feira, 26 junho, 2024

Saúde corre risco nas escolas, aponta pesquisa

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Pesquisa do IBGE aponta risco de doenças infecciosas entre adolescentes por falta de água e sabão nas escolas

Pesquisa com 102.301 alunos do 9º ano do ensino fundamental que acaba de ser divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta condições precárias de higiene na rede de ensino fundamental do país. Isso porque, o levantamento feito entre abril e setembro de 2015 mostra que só 61% das escolas (55% das públicas e 96,8% das privadas) oferecem água e sabão para estudantes lavarem as mãos.
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier a higiene das mãos é o primeiro passo para evitar doenças infecciosas. Quando se trata da saúde dos olhos, uma das preocupações é o compartilhamento de computadores nas escolas e empresas. Isso porque, o contato com o mouse e teclado representa veículo de transmissão da conjuntivite.
Trata-se da inflamação ou infecção da conjuntiva, membrana que recobre a face interna das pálpebras e a esclera, parte branca do olho. Outras formas de transmissão são o compartilhamento de maquiagem, fronhas, toalhas e colírios. A doença também pode ser contraída pelo contato das mãos com carrinhos de supermercado, corrimãos de escadas em espaços públicos e óculos distribuídos nos cinemas para exibições 3D. Por isso, a recomendação é sempre lavar as mãos após o contato com superfícies e objetos de uso comum.
O oftalmologista destaca que quem acredita que a conjuntivite é uma doença típica do verão se engana. O tempo seco e frio do inverno cria um ambiente perfeito para a proliferação de vírus. Já o calor favorece a disseminação de bactérias, observa. Isso explica porque é mais fácil contrair gripe e conjuntivite viral no frio e conjuntivite bacteriana no calor.
Nos dois tipos de conjuntivite o médico diz que os sintomas são olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada. A diferença está na secreção aquosa quando se trata da viral e secreção purulenta quando é bacteriana. Independente da causa a limpeza das mãos é a primeira medida de prevenção, afirma.
A boa notícia da pesquisa do IBGE é que apesar das condições precárias das escolas o hábito de lavar as mãos está crescendo entre adolescentes. Prova disso é que em 2012 15,2% nunca ou raramente lavavam as mãos antes das refeições. Em 2015 este índice caiu para 12,7%, sendo que no estado do Rio de Janeiro o descuido atingiu 16,6% dos entrevistados.
A pesquisa também mostra que as meninas são menos cuidadosas do que os meninos. Entre elas o hábito de nunca ou raramente lavar as mãos que em 2012 era de 16% melhorou para 14,2% em 2015. A frequência do descuido entre eles caiu para 11% em 2015 contra 14.4% em 2012. Já o hábito de nunca ou raramente lavar as mãos após ir ao banheiro para os dois sexos 8,2% para 6,2%.

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