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terça-feira, 8 outubro, 2024

O apagão do magistério

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O futuro da educação básica brasileira é uma incógnita. Dentro de mais uma década, metade dos dois milhões de professores brasileiros, que são os responsáveis por transmitir conhecimento, cultura e informação para crianças e jovens, estará aposentada ou em condições de se aposentar. Atualmente, muitos desses profissionais trabalham em situação precária de remuneração e condições de trabalho, não frequentam cursos de atualização nem fóruns de discussão para conhecer as evoluções do sistema de ensino e as múltiplas possibilidades que ele oferece.
O fato é que hoje sofremos uma carência enorme de professores que formarão os brasileiros responsáveis pelo futuro do Brasil. A carreira não é valorizada, a remuneração fica muito aquém da importância que os professores exercem na vida dos alunos.
Aí começa a bola de neve. A categoria é relegada a segundo plano, a falta de investimentos na reciclagem do aprendizado dos professores, em cursos de atualização, em fóruns e em debates não contribuem para que os professores sejam todos de excelência. Sem dúvida, vemos esforços individuais, de verdadeiros paladinos, que usam o seu tempo, a sua criatividade, a internet para levar aos alunos novos assuntos, novidades que já estão se tornando ultrapassadas em outros países.
No mundo todo, avanços econômicos e sociais estão relacionados a investimentos em educação, a começar por programas consistentes de preparação de educadores. Finlândia, Cingapura, Austrália, Canadá, Estados Unidos e mesmo Cuba, no campo social, estão entre os que se desenvolveram apostando na educação e mantendo programas e centros de excelência para a formação de docentes.
No Brasil, o enfretamento dos desafios educacionais depende do sucesso de algumas iniciativas como reconhecer o magistério como função típica de Estado, regulamentando sua carreira, apoiando seus esforços e melhorando suas condições de trabalho e remuneração; implementar um efetivo programa de formação continuada dos atuais educadores com foco na nova Base Nacional Curricular, mobilizando, governos, faculdades, meios de comunicação, entidades da sociedade civil, sindicatos e empresas; e reformular os currículos dos cursos de formação de professores, aproximando-os da realidade das escolas. Um dos programas que poderiam combater o decréscimo contínuo no nível da educação é, à semelhança da formação de médicos, residência educacional já desde o primeiro ano, para os estudantes de licenciatura, cujas faculdades tivessem um forte vínculo de aplicação com as escolas de formação.
A indústria paulista já está fazendo a sua parte. Responsável por uma das maiores e melhores redes de educação do país, com 167 escolas, cinco mil professores e 100 mil alunos, mais uma vez é pioneira ao criar a Faculdade Sesi de Educação, um centro de excelência na formação de professores para a educação básica. Com licenciaturas por área do conhecimento, residência educacional desde o primeiro ano e escola de aplicação, o Sesi-SP prepara educadores de alta qualidade para enfrentar com competência e profissionalismo os desafios educacionais do século XXI. Vamos formar professores porque sabemos que, quando se faz direito, a educação do Brasil tem jeito.

PAULO SKAF

Presidente da Fiesp e do Sesi-SP

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