A Associação Mata Ciliar tem um triste recorde: entre janeiro e setembro deste ano, seis onças pardas feridas já foram resgatadas pela ONG. De acordo com a associação, a maioria dos animais se perdeu das mães, passou por queimadas ou por atropelamentos nas regiões de Ribeirão Preto e Bauru, interior do estado de São Paulo.
“As histórias são muito tristes e os animais que chegam até nós geralmente estão muito debilitados, explica Cristina Harumi Adania, médica veterinária e coordenadora de fauna da Mata Ciliar. Chegamos a resgatar três animais entre a vida e a morte em um só mês. Nem nos recuperamos e em agosto, nos deparamos com mais uma onça parda presa em uma armadilha mortal, que provavelmente foi feita para pegar capivaras”.
Ela conta ainda, que como as onças são animais de grande porte, há dificuldade adicional para utilizar pré-anestésicos para tratar os felinos silvestres. “Por isso é tão importante para nós a parceria com empresas, como a Vetnil, que torna disponível o conhecimento de seus veterinários, além de produtos, como a Quetamina. Associada a outros medicamentos, esse anestésico de ação rápida nos ajuda a deixar o animal inconsciente e realizar a remoção do local em que foi encontrado, além de fazer curativos e demais procedimentos necessários”, acrescenta Cristina.
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