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segunda-feira, 7 outubro, 2024

Editorial: Por um terminal decente

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Há muitas décadas a Viação Cometa mantém na Vila Arens sua garagem, que também serve de estação de embarque e desembarque de passageiros, embora não tenha estrutura para isso. Primeiro funcionou na rua Vigário, e hoje está na rua Barão do Rio Branco, perto da estação ferroviária.
Usuários da Cometa e moradores da Vila Arens entendem que está na hora de se construir um terminal decente no bairro. Há um, dos ônibus urbanos, na avenida dos Ferroviários, que atende a necessidade dos passageiros urbanos. E os interurbanos?
Ônibus da Rápido Luxo que chegam de Várzea e Campo Limpo Paulista fazem do Centro seu terminal. Daquele jeito, fazendo sofrer passageiros e motoristas. O que todos querem é algo simples e factível – um terminal anexo ao terminal urbano hoje existente.
Quem viria de Várzea e Campo Limpo, ou que para lá embarcassem, usariam esse anexo, que estaria integrado ao terminal urbano. Isso evitaria a circulação dos ônibus da Rápido Luxo até o Centro, desafogando o trânsito. No mesmo anexo, poderia estar a estação de embarque e desembarque dos usuários da Viação Cometa.
No caso, haveria ainda a facilidade de todos estarem próximos da estação ferroviária. Facilitaria a vida também dos usuários dos trens da CPTM, tão pontuais quanto um bicho preguiça aleijado. Havendo problemas no trem, interessados só atravessariam a avenida para usar os ônibus. Havendo problemas nos ônibus, haveria o sentido inverso.
As empresas precisam colaborar – e colaborar colocando um pouco do muito dinheiro que ganham em Jundiaí. Não podem simplesmente empurrar o problema ao poder público, seja do Estado ou da Prefeitura. Precisam colocar a mão no bolso de verdade.
A Rápido Luxo, no caso, tem linhas para outras cidades, como Itupeva, Cajamar e Cabreúva, que partem da avenida Jundiaí, no Anhangabaú. Pobres passageiros, que enfrentam sol, chuva, vento e outros problemas enquanto aguardam os ônibus. Pobres motoristas também, que não contam com sanitários ou mesmo uma área de descanso. Os abrigos continuam tôscos, insuficientes, mas ninguém se mexe para melhorá-los.
Ainda a Rápido Luxo – na falta de terminais, estaciona seus ônibus em ruas, afunilando-as e impedindo um trânsito com fluxo aceitável. Quem passa pela avenida Manoela Lacerda de Vergueiro, ao lado do Parque da Uva, virá dezenas de ônibus da empresa estacionados enquanto os motoristas aguardam o horário para trabalhar.
E devem ser poderosos os donos da empresa, a ponto do estacionamento ser regulamentado – se carro particular estacionar por lá será multado. É um espaço enorme, reservado aos ônibus. E, novamente, pobres dos motoristas. São obrigados a descansar dentro dos ônibus. Não há sanitários, não há uma torneira. Cada um se vira como pode.
Diz-se que os ônibus da Rápido Luxo vão obrigatoriamente até o Centro por pressão dos comerciantes. Seria uma pressão em busca de clientes e de facilitar a vida de seus funcionários vindos de outras cidades. Mas nada que um novo terminal, integrado ao atual, não resolva. Mas é preciso gastar para isso. Coisa que nenhuma empresa gosta de fazer.

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