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quarta-feira, 24 abril, 2024

Estudantes se dizem vítimas de calote em faculdade

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Alunos alegam que na matrícula, faculdade se comprometeu a quitar a dívida do Fies. Escola nega as acusações

Um grupo de alunos do curso de administração está processando o Grupo Educacional Uniesp (União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo) por propaganda enganosa. Os estudantes afirmam que, atraídos pelo programa “Uniesp paga”, fizeram contratos do Fies e dívidas que chegam a R$ 25 mil.
Para participar da promoção, os estudantes deveriam procurar um banco e fazer em seu nome o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do Ministério da Educação (MEC) que financia cursos superiores não gratuitos. Feito isso, os alunos receberam da faculdade um documento em que a instituição dizia se comprometer a quitar a dívida.
Entretanto, para os órgãos de defesa do consumidor, o documento não tem valor legal. Ou seja, caso o grupo educacional não pague as parcelas do financiamento, é o aluno que ficará com o nome sujo na praça. E foi isso o que aconteceu com Mariana Gisele Martins Rodrigues, 30 anos, que concluiu o curso de administração pela Uniesp de Itu em dezembro do ano passado. “Eles falam que a gente vai fazer o curso e a faculdade vai pagar. Mas já terminei meus estudos, não pagaram nada e estou devendo R$ 25 mil”, afirma.
O problema enfrentado por Mariana é uma realidade comum a quase todos os colegas de turma. Indignados, os estudantes decidiram procurar a Justiça para resolver a situação. “A maioria já contratou advogados e entrou com ação, mas as coisas não se resolvem. Estou com um problema financeiro enorme, pois, com o nome sujo, minhas contas não estão sendo quitadas e meus cheques estão voltando”, afirma Sandra Regina Arduini, 43 anos.
Ela conta que além da questão financeira, muitos alunos estão com problemas no cadastro da instituição de ensino. “Quando entramos na faculdade, em 2012, a Uniesp de Itu não tinha liberação do MEC para o curso de administração. Então, no contrato do FIES, fomos inscritos como estudantes de processos gerenciais, afirma. As parcelas do financiamento só deveriam começar a cair um ano e meio após o término dos estudos. Mas como os cursos têm durações diferentes, o banco já está debitando as parcelas”.
Segundo Nívea Gomes dos Santos, 38 anos, também graduada em administração pela Uniesp de Itu, a falta de transparência compromete ainda mais a gestão do grupo. “Quando questionamos, falam que vão cumprir o que prometeram e acertar o financiamento do aluno. Mas até agora estão todos com o nome restrito. É muita coisa errada que acontece naquela faculdade; já prejudicaram muita gente, explica. Sinceramente, não espero nada deles. É uma confusão
Questionada pelo jornal Periscópio, de Itu, a Uniesp nega as acusações das estudantes e afirma que o programa oferecido pelo grupo educacional tem credibilidade. “A Uniesp efetivamente cumpre sua parte no acordo, quitando as mensalidades dos alunos que cumpriram todos os pré-requisitos propostos no contrato, afirma. Informamos que a direção da faculdade está fazendo um levantamento detalhado de cada caso e analisando se há algum equívoco. Os alunos serão informados assim que as análises forem concluídas”.

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