Professores do Sesi e Senai querem mais 15%

Assembléia aconteceu na semana passada em Jundiaí. Sinpro ainda vai se reunir com outras representações no Estado
A partir da próxima segunda-feira (15), o Sinpro (Sindicato dos Professores de Jundiaí) começa as negociações com o Sesi e com o Senai para aumentar os salários de seus professores. Na semana passada, durante assembléia feita na sede dos Ceramistas, ficou decidido que os professores vão exigir aumento de 15%.
Mas antes de começar a conversa com os patrões (no caso da Fiesp), o Sinpro terá outras reuniões com outros sindicatos paulistas, para que a proposta seja unificada, e consequentemente, tenha mais força.
Para a presidente do Sinpro, Sandra Baraldi, a assembléia foi produtiva, pois além do porcentual de aumento, outros pontos foram discutidos. “Tivemos sugestões para que a licença-maternidade, que atualmente é de 120 dias, seja aumentada para 180 dias, explica Sandra. Também vamos incluir a licença de luto para irmão e neto, além de incluir uma cláusula específica para hora tecnológica”.
Hora tecnológica está pegando, e feio. Ocorre que o Sesi adotou o diário eletrônico de classe, que deve ser preenchido pelo professor e enviado imediatamente para uma central. Muitos professores reclamam que não conseguem fazer isso durante o horário das aulas, porque não podem abandonar a classe para usar o que a escola oferece (computadores).
Reclamam também que as conexões de internet são lentas, o que obriga o professor a ficar muito tempo além do horário normal para dar conta da exigência. “Se querem o diário eletrônico, que dêem condições – afirma um grupo de professores. Precisamos de boa conexão, bom equipamento e pagamento pelo horário que ficarmos a mais na escola”.
As propostas agora serão encaminhadas à Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp). Sandra sabe que neste ano a negociação vai ser mais difícil. “O sistema Sesi-Senai andou demitindo muitos professores no final do ano, e precisamos intervir para estancar o quadro”, finaliza.