Se alguém perguntar a qualquer um dos prefeitos das cidades que formam o Aglomerado Urbano de Jundiaí sobre um problema comum, a resposta é previsível – transporte intermunicipal. O assunto é velho, mas o problema não se resolve. Numa audiência na Câmara de Jundiaí, há alguns meses, até intervenção da Artesp foi pedida na Rápido Luxo Campinas, empresa que detém a maioria das linhas nessas cidades.
Na quarta (15) houve nova reunião na sede da Artesp, a agência reguladora. Pauta da reunião: a deficiência dos serviços oferecidos pela empresa responsável pelo transporte intermunicipal das cidades que compõem o AUJ. Na frente da briga, o prefeito de Cabreúva, Henrique Martin, atual presidente do Aglomerado Urbano.
“Nossa população sofre diariamente com o descaso do transporte intermunicipal, o governo do estado precisa agir e nós continuaremos cobrando”, diz Henrique. O caldo engrossou mais ainda depois do aumento das tarifas, que não veio acompanhado de melhorias.
Os principais problemas são os já conhecidos – atrasos diários, frota reduzida, ônibus mal conservados (que vivem quebrando no caminho) e horários insuficientes para cobrir a demanda. Além disso, há outros problemas crônicos, que não são resolvidos pela Rápido Luxo.
A falta de abrigo para passageiros é um deles. Em Jundiaí, por exemplo, os passageiros que chegam de Cabreúva, Itupeva ou Cajamar, são despejados pela Rápido Luxo nos pontos de ônibus urbanos ao longo do trajeto, ou no ponto final, sobre o viaduto da avenida Jundiaí. Não há qualquer estrutura, como sanitários – somente uma parca cobertura que não protegem nem da chuva nem do sol.
Passageiros dessas cidades citam outros fatos que consideram graves. Há motoristas exercendo função de cobradores nessas linhas, o que atentaria contra o Código de Trânsito. Mesmo com tanta chiadeira, a Rápido Luxo faz de conta que o problema não é com ela. O que a Artesp vai fazer com isso, ninguém sabe.
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