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quinta-feira, 25 abril, 2024

Polícia prende gerente do Russi por alimentos vencidos

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A Polícia Civil de Jundiaí esteve segunda passada (8) numa das unidades do Supermercados Russi e constatou irregularidades na venda de alimentos. Como consequência, o que estava errado foi apreendido e o gerente preso em flagrante – depois a fiança, de 15 mil reais, foi paga, e ele foi colocado em liberdade.
Havia alimentos com data de validade vencida – um deles há seis dias. Caixas importadas, com ingredientes para fazer comida japonesa, também estavam irregulares – não havia rótulo com informações em língua portuguesa, o que é lei em caso de importação de alimentos. Boa parte dos queijos destinados para pizzas não tinha data de fabricação, nem de validade.
O delegado responsável pelo caso é Marco Antonio Ferreira, assistente da Seccional. “São duas leis que acabaram de ser infringidas pela pessoa jurídica. Uma é o Código de Defesa do Consumidor e a outra são os crimes contra a ordem tributária e a relação de consumo”, explica ele.
O gerente, preso em flagrante, foi autuado na Delegacia do Meio Ambiente. A fiança foi estipulada em 20 salários mínimos, e foi paga. Em nota, a assessoria do Russi explica que “todas as medidas estão sendo tomadas para que a situação não volte a ocorrer em nenhuma das unidades. Os produtos já foram trocados”.
O Russi é mercado tradicional, mas nos últimos anos a situação parece não lhe ser tão favorável. Enfrentou problemas há algum tempo e precisou de socorro, que veio do grupo que controla o Assaí. Funcionários afirmam que “a coisa anda meio largada”, referindo-se à falta de manutenção e a escassez de variedades de produtos.
Parte da família Russi, que controla o negócio, também já teria sido afastada da direção, sendo substituída por pessoal do Assaí. Nas gôndolas, é possível constatar a escassez de variedade de produtos comentada por funcionários – são poucas as marcas disponíveis, e em quantidade cada vez menores.
Práticas condenáveis
Não é o caso do Russi, mas nos últimos anos a Vigilância Sanitária constatou uma série de irregularidades em mercados, notadamente na parte de alimentos. Num deles, um funcionário contou que peças de carne, quando começavam a escurecer, eram reprocessadas: cortava-se a parte escura e novamente era embalada, com nova data de validade.
Noutro, que já deixou a cidade, havia muitos ratos, que atacavam as peças de queijo. Para não perder, a parte roída pelo rato era cortada e jogada fora. O que sobrava era cortado em peças menores e reembalados – uma “facilidade” para o comprador.
Nele – esse que foi embora – funcionários da peixaria eram instruídos para limpar os peixes que estavam estragando e começando a cheirar mal. O peixe era então cortado em filés, para alegria das donas de casa.
Houve também o caso de uma distribuidora de produtos para panificação que alterava a data de vencimento, apagando a original e colocando uma nova. Ou seja, entregava produto vencido como se fosse novo. Seus responsáveis chegaram a ser presos, mas o caso não chegou a ser tão divulgado como merecia.

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