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sábado, 20 abril, 2024

Montadoras de carros estão quase parando

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Quase 36 mil funcionários metalúrgicos empregados em fábricas de automóveis estão afastados – ou por férias coletivas, ou por suspensão do contrato de trabalho (layoff). Essa foi a solução encontrada pelas empresas, que não vendem e têm seus estoques aumentados – a queda na produção passa dos 25%.
É um círculo vicioso. O governo aumenta as taxas de juros, os bancos repassam e aí financiar fica caro. Com medo do calote, os bancos também restringem os financiamentos, e aí menos gente pode comprar. As revendas não conseguem colocar na rua seu estoque, e param de receber novos carros. As fábricas param sua produção quando os pátios ficam lotados.
Um revendedor de carros usados de Jundiaí se queixa do aperto dos bancos. “De cada dez fichas que mando para o banco, de venda garantida, voltam nove. Os bancos não querem correr riscos e selecionam mais a quem emprestar dinheiro”, diz ele.
Nesta semana, a Fiat está com quase 20 mil trabalhadores em casa. Suspendeu sua produção na segunda (8) até a sexta (12). A Mercedes Benz, com 7.250; a General Motors, com 7.200; a Volkswagen, com 800; a Volvo com 600 e a Ford com 234.
A Mercedes demitiu 500 em São Bernardo, e os que estão em férias ficam em casa até o dia 15. Depois, só Deus sabe. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC está apreensivo e já se manifestou, como sempre, contrário às demissões.
Contramão – As montadoras asiáticas instaladas no Brasil seguem a contramão da crise – estão acelerando sua produção. E põe contramão nisso – 100 concessionárias tradicionais já fecharam suas portas em todo o Brasil desde janeiro. Mas os asiáticos…
A Honda, por exemplo, aumentou suas vendas em 15% de janeiro a abril. A Nissan, 14%, a Toyota 11%. Honda e Toyota tiveram até de inventar turnos extras para dar conta das encomendas. A contrário da Fiat, que teve queda de 32% nas vendas, também de janeiro a abril, ou da VW e General Motors, com queda de mais de 20%.
Quem entende do mercado afirma que o sucesso dessa japonesada está na qualidade de atendimento. Pesquisa da Creating Value Consultoria mostra que as marcas mais recentes a chegar ao Brasil tratam melhor o freguês. É bom lembrar que a Toyota e a Honda chegaram nos anos 1990 e a Nissan em 2000, enquanto outras estavam aqui há mais de trinta anos.
Honda e Toyota já pensam em aumentar os negócios. A Honda quer investir um bilhão de reais numa nova fábrica, que será em Itirapina. E isso vai dobrar sua produção. A Toyota quer construir nova fábrica de motores em Porto Feliz – e quer ver sua inauguração no próximo ano.

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