Novo presidente do AUJ quer implantar Samu regional

Henrique Martin, eleito novo presidente do Aglomerado Urbano de Jundiaí, enfrenta o desafio de por ideias em prática
O Aglomerado Urbano de Jundiaí, que reúne sete cidades (Jundiaí, Louveira, Itupeva, Cabreúva, Jarinu, Várzea e Campo Limpo Paulista não tem sede própria, nem funcionários mas é o melhor instrumento de pressão para conseguir obras e outras melhorias do Estado. Seu novo presidente, Henrique Martin, de Cabreúva, tem ideias, e ao mesmo tempo, o desafio de colocá-las em prática.
A primeira delas, é criar o Samu Regional. “Hoje somente Jundiaí tem o Samu (Serviço de atendimento médico de urgência), enquanto as demais cidades contam com estrutura própria para socorrer as pessoas, e cada prefeitura se vira como pode. Já cobramos a implantação de um Samu regional, para aliviar o atendimento nos hospitais de cada cidade”, diz ele.
Para ele, outros problemas ainda precisam ser resolvidos. Um deles é a reativação do Gamesp, uma espécie de gabinete conjunto das cidades para tratar de Segurança Pública. “Vamos também cobrar do Estado o sistema de monitoramento por câmeras para todas as cidades, e de forma integrada”, afirma Henrique.
Algumas promessas Henrique já conseguiu. Mas para Cabreúva. Quando o governador Geraldo Alckmin esteve na cidade para inaugurar a nova Santa Casa, Henrique ouviu do governador a promessa de implantar o pedágio ponto a ponto na rodovia Dom Gabriel. Hoje o pedágio tem tarifa única, no distrito do Jacaré. “Não é justo todos pagarem essa tarifa, de seis reais – diz Henrique. O ideal é que cada um pague somente pelo trecho usado, e isso o governador nos prometeu publicamente”.
Além de programar novas reuniões, Henrique diz que quer fazer o pessoal trabalhar. “Nas reuniões, há representante de cada secretaria estadual. São técnicos, que ouvem o problema e o levam para resolver. Pretendo cobrar esse trabalho, para que os problemas sejam realmente solucionados”, diz ele.
Henrique diz que o ex-presidente do AUJ, Ricardo Bocalon, deixou muita coisa pronta, e agora é preciso continuar. Um desses casos é a criação de câmaras temáticas, e a primeira delas será a dos Transportes. “Sei que será difícil a implantação do bilhete regional, mas precisamos melhorar muito o transporte coletivo entre as nossas cidades – afirma ele. E com sete prefeitos cobrando e pressionando, certamente ficará mais fácil”.
Outro tema que vai entrar em discussão será a construção da represa do Ribeirão do Piraí. Mas enquanto isso não acontece, Henrique mandou ampliar a represa que reserva água para a cidade, alargando-a e aprofundando-a. Com mais reserva, poderá liberar mais água do Piraí, facilitando o abastecimento de Salto e Indaiatuba.
Sobre a represa maior, que será construída por um consórcio de cidades, incluindo Itu, Henrique é mais reticente. “Parte da área que seria desapropriada está tombada por conta de uma fazenda histórica, e ela não pode ser alagada. É preciso encontrar outras alternativas”, finaliza.