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sexta-feira, 29 março, 2024

Dom Pedro Iº era mais safado que já se sabia

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Com base em correspondência, Eugênio dos Santos escreve livro que relata as aventuras amorosas do imperador
O jornalista Laurentino Gomes, autor de 1808, 1822 e 1889, já havia descrito parte das aventuras de Dom Pedro Iº em terras brasileiras. Agora, um historiador português, Eugênio dos Santos, expõe a vida amorosa do imperador de forma mais realista. No livro livro “D. Pedro – Imperador do Brasil e rei de Portugal”, lançado pela Alameda Editorial, Eugênio usa correspondência para provar que Dom Pedro era insaciável.
Eugenio deixou de lado a importância política de Pedrinho, tanto aqui como em Portugal. Alguns casos seriam recusados até pelas mais abomináveis revistas de fofocas. E tome fofoca. Uma delas, relata a aventura de cama de Pedrinho com uma dançarina francesa, que quase colocou em risco a aliança de Dom João VI com a Áustria. Dom João havia arranjado o casamento do filho com a princesa austríaca Leopoldina.
Pedrinho deve ter se apaixonado, a ponto de levar a francesa a morar com ele e tratá-la como sua mulher – um escândalo para a época. Foi preciso que a mãe de Pedrinho, Carlota Joaquina, tivesse uma conversa mais séria com Noémie Thierry, a dançarina francesa, para acalmar as coisas. A francesa conseguiu um dinheirão de Carlota, se mandou para Recife, e lá deu à luz o filho natimorto de Pedrinho.
Como a imperatriz Leopoldina era boazinha, culta, inteligente, mais fora dos padrões estéticos preferidos de Pedrinho, suas incursões aos prostítulos continuaram, até conhecer a paulista Domitila de Castro, mais tarde transformada em Marquesa de Santos.
Aí o bicho pegou. As cartas escritas por Dom Pedro à Marquesa podem ser consideradas obscenas. Titília, como Dom Pedro a tratava, ganhou dinheiro e poder. Leopoldina acusou o golpe da amante do marido, ficou deprimida, reclusa e morreu nova.
Foi quando trataram de arrumar outra mulher para o imperador, que já tinha fama de mulherengo. Para casar com a princesa Amélia, precisou expulsar Titília e os filhos de casa. E mesmo assim Pedrinho continuou o mesmo, como que a provar que o lôbo perde o pelo, o vício nunca.

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