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quinta-feira, 25 abril, 2024

Notas do Saresp melhoram, mas nível ainda é péssimo

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Sinal que há muita gente indo à escola só para passear e que professores não conseguem ensinar
Na última segunda-feira (9), o governo paulista divulgou os resultados do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), uma prova que avalia os alunos nas questões de Português e Matemática, referente ao ano passado. Melhorou um pouco, mas ainda o nível está muito a desejar.
As notas mostram que houve melhora nos alunos dos ensinos fundamental e médio. E só. Em nota, o secretário de Educação Herman Voorwald comemorou o avanço no Saresp. “É um resultado satisfatório, não há dúvida. Mas em educação o avanço é sempre em longo prazo. O Saresp é importante porque avalia os programas já implementados e direciona novas ações”.
O secretário deveria chorar. As escolas públicas estão um lixo, a começar pela conservação dos prédios, todos pichados e depredados. Passa pela remuneração ridícula aos professores e termina nos programas mal feitos por gente que nunca esteve numa sala de aula. O resultado de tanta masturbação mental está no mercado de trabalho.
São comuns balconistas que não conseguem fazer contas simples sem uso de calculadora. Mais comuns ainda são as conversas e escritas dos jovens – com raras exceções – cheias de erro de ortografia e concordância. No caso de escritas, só quando se consegue entender a letra.
Um professor já aposentado preconizava, há algum tempo, que o mundo vai mesmo acabar em burrice. O professor tem razão. Alunos que conseguem colocar no papel o que pensam, ou o que aprenderam, já são vistos como gênios. Bons matemáticos então, podem se tornar celebridades.
A consequência do descaso é visível. Quase metade dos alunos formados em Medicina não passam no exame do Conselho paulista (Cremesp) e mesmo assim podem exercer a profissão; a OAB segura um monte de gente, formada em Direito, por não passar em sua prova, que impede o exercício da advocacia.
Apesar da comemoração do secretário, tudo tende a piorar. Os professores mais antigos, formados à moda antiga e com muita experiência em salas de aula, estão se aposentando ou morrendo. Os mais novos vieram de faculdades nem sempre recomendáveis. E, como todas as regras, há exceções. Mas bons professores que criticam o sistema são postos de lado e vistos como revoltados. O mundo vai mesmo acabar em burrice.

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