Mamonas seriam trucidados

O grupo Mamonas Assassinas fez muito sucesso. Vendeu três milhões de CDs em menos de um ano. Continuaria fazendo sucesso, não tivesse acabado num acidente aéreo em março de 1996. Mas como seria sua situação nos dias atuais?
Do jeito que está, os Mamonas estariam colecionando dinheiro e processos judiciais. Agora tudo é proibido. Numa de suas músicas, sobre shopping center, o grupo seria acusado de preconceito contra nordestinos pela frase que “não vê a hora de descer dos andaimes”.
O que fariam então as ONGs que defendem animais com a música Mundo Animal, onde tudo é avacalhado? Onde o grupo diz preferir sexo com as cabritas? Outra música, Robocop Gay, seria um prato cheio para os defensores da diversidade. Certamente os Mamonas seriam processados por preconceito, por homofobia.
Talvez até alguma ONG dedicada à causa do além – mal se incomodaria com o Vira-Vira, que conta a história do casal português que participou de uma orgia. A Brasilia amarela, do Pelados em Santos, seria outro motivo para alguém dizer que os Mamonas Assassinas humilhavam os pobres. Todas as suas músicas – incluindo Jumento Celestino – seriam motivo, atualmente, para alguém se incomodar e procurar a Justiça.
Os Mamonas não eram preconceituosos, nem homofóbicos. O grupo apenas se divertia muito com as brincadeiras. Divertia não só a trupe, mas todo o país. Sinal que mudamos para pior, que deixamos a alegria da irreverência e da brincadeira para nos apegar a falsos conceitos de moralidade e do politicamente correto. O mundo está muito chato.