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quinta-feira, 28 março, 2024

Estatuto da Família proíbe o casamento gay

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O assunto promete ser o próximo cabo de guerra entre os deputados da bancada evangélica e os defensores de direitos humanos. A Câmara vai votar o Estatuto da Família, que, se aprovado, vai dar o que falar.
O Estatuto, por exemplo, restringe a definição de família ao núcleo formado a partir da união entre um homem e uma mulher ou por um dos pais e os filhos.
O relator do projeto, deputado Ronaldo Fonseca, está incluindo mais pimenta na história: a proibição de adoção de crianças por casais de mesmo sexo. “A adoção da criança não é para satisfazer o desejo do adotante, mas para protegê-la. O que prevalece é o direito da criança, não o do adotante”, justifica o deputado, que também é pastor.
“Só quero que eles expliquem de onde nasceram as crianças que estão apodrecendo abandonadas e muitas vezes maltratadas nos orfanatos deste país”, rebate Jean Wyllys, deputado que defende com unhas, dentes e o que mais tiver os direitos gays.
Para colocar mais lenha nessa fogueira, o pastor Silas Malafaia andou falando mais coisas contra os gays durante a semana. Devido ao crescimento da bancada evangélica (hoje são 74 deputados contra 88 do PT, mas no próximo ano serão 85 contra 70), Malafaia é enfático: : “Não daremos mole nos Direitos Humanos”.
A orientação é dar prioridade às comissões de Direitos Humanos e de Família, em que são discutidos os assuntos prioritários. “Com essa bancada, a causa gay foi para o saco”, diz Malafaia.

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